Fundos rotativos solidários: fortalecimento da auto-organização para gestão coletiva dos bens comuns e empoderamento das mulheres agricultoras

Autores

  • Ivanilson Estevão Silva Cardoso AS-PTA
  • Francisca Nirley Andrade Lira AS-PTA

Palavras-chave:

sistemas peridomésticos, economia solidária, geração de renda

Resumo

O trabalho que segue, é a sistematização de uma prática de intervenção realizada no assentamento Oziel Pereira, município de Remígio, território da Borborema, no  estado da Paraíba. A ação teve como objetivo principal fomentar um grupo de Fundo Rotativo Solidário (FRS) com mulheres agricultoras do assentamento. O território da Borborema tem grande capital social, onde, atua o Polo Sindical da Borborema, uma rede de 13 sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores rurais (STRs), que vem apoiando redes locais de inovações agroecológica em 13 municípios que conformam o território.  A intervenção foi  realizada  em um período de 18 meses através de  momentos de formação com o grupo de mulheres para leitura coletiva da realidade e acompanhamento individual das famílias para implementação das tecnologias fomentadas pelo FRS. Nos momentos de formações foram utilizados linha do tempo e mapa do assentamento elaborado pelas próprias famílias, além de vídeos de experiências, tarjetas, banners, data show e outros.  O resultado desse trabalho foi a implantação e consolidação de 01 grupo de FRS composto por 18 mulheres e 01 homem, agricultoras (o), que se reúnem mensalmente para avaliar, planejar e encaminhar questões de interesse da coletividade  visando a melhoria da produção nos quintais produtivos e  o fortalecimento da gestão dos bens comuns, auto geridos por mulheres. Os fundos rotativos, promovem a construção coletiva de uma rede de reciprocidade, despontando como poderoso instrumento na geração de renda, no combate à pobreza de grupos mais vulneráveis, a exemplo de mulheres e jovens.

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Publicado

2024-11-26

Edição

Seção

CBA - Sistemas Agroalimentares e Economia Solidária