Entre sementes e redes: a experiência da produção de milho crioulo no semiárido baiano e sua transformação em farinha para cuscuz
Palavras-chave:
transição agroecológica, soberania alimentar, autonomiaResumo
Nos últimos anos, parte significativa dos estabelecimentos rurais do semiárido baiano passaram a se dedicar ao monocultivo de milho de transgênico e com isso, sementes que vinham sendo melhoradas e multiplicadas pelas próprias famílias há décadas, passaram a estar suscetíveis a contaminação por eventos transgênicos. Através da articulação em rede, agricultores e agricultoras do semiárido baiano tem encontrado maneiras de produzir as próprias sementes de milho crioulo e destinar o excedente da produção para o beneficiamento, transformando o milho em farinha flocada para cuscuz. Este relato tem o objetivo de socializar essa experiência. Para isso, recorremos a pesquisa bibliográfica, diários de campo, entrevistas e ainda fizemos uma consulta nos registros contábeis. É possível observar, que ao tempo que a experiência contribui para a segurança alimentar e proteção da agrobiodiversidade, também gera renda e condições efetivas para a reprodução socioculturais das famílias agricultoras do semiárido.
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