Agroecologia, alimentação e terreiro

Autores/as

  • Murilo Costa de Oliveira Instituto Federal de Brasília
  • Paula Baldino de Melo

Palabras clave:

sagrado, comida, conhecimento agroecológico, matriz africana

Resumen

A produção agropecuária impulsionada no Brasil pela Revolução Verde alterou de forma drástica a produção e o consumo de alimentos. Paradoxalmente, convivem com esse modelo formas alternativas e subversivas de conceber e viver a relação com a comida, e com a natureza de modo mais amplo. Para os povos das religiões de matriz africana, o alimento é sagrado. É um dos elementos que possibilita a conexão entre orun e ayê, entre a morada das divindades e a nossa morada. Esse artigo mapeia alguns elementos em que os saberes tradicionais dos povos de terreiro coincidem com os princípios do conhecimento agroecológico, explicitando vínculos entre agroecologia e ancestralidade. Ao mesmo tempo, busca visibilizar pontos de fragilização dos modos de vida das comunidades religiosas de matriz africana, a partir dos quais o projeto capitalista mina as possibilidades de autonomia dessas comunidades.  

Publicado

2020-06-16

Número

Sección

CBA - Terra, Território, Ancestralidade e Justiça Ambiental