Programa Sementes do Semiárido: alguns aspectos, reflexões e resultados
Palavras-chave:
agroecologia; sementes crioulas; conservação on farm; políticas públicasResumo
O Programa Sementes do Semiárido teve início em 2015 em um contexto de intensificação do risco para as sementes crioulas neste território, devido à seca que se estendia, acelerando a perda de sementes e aprofundando a erosão genética. É concebido e realizado pela ASA, estruturado com referência em seus programas existentes, P1+2 e P1MC, compartilhando sua organização em componentes e atividades, estruturados a partir da sistematização de experiências de agricultores e da sociedade civil. Durante estes 4 anos acumulou um conjunto de resultados, como a identificação de um grande volume de possíveis variedades de sementes, manejado e mantido por guardiões de sementes, tendo influências diretas nas dinâmicas estaduais das redes de casas e bancos comunitários de sementes, bem como nas legislações, planos e programas estaduais de sementes, agroecologia e convivência com o semiárido. Além dos resultados diretos, o programa aponta uma série de desafios norteadores que tem direcionado novos trabalhos com as sementes crioulas do semiárido, como a ameaça da contaminação dessas sementes por cultivares transgênicas, assim como pesquisas que têm como interface o diálogo entre a conservação de sementes ex situe on farm.